Five Feet Apart

Cole Sprouse and Haley Lu Richardson in Five Feet Apart (2019)
Five Feet Apart

2019
Realizado por: Justin Baldoni.
Escrito por: Mikki Daughtry; Tobias Iaconis.
Protagonizado por: Haley Lu Richardson, Cole Sprouse, Moises Arias















  Assim que o filme começou, o primeiro pensamento que me trespassou a cabeça foi: "Mais um filme-tipo John Green e Nicholas Sparks." E, honestamente, não ficou muito aquém dessa expetativa. 
   O filme segue a mesma narrativa de qualquer drama romântico: existe um impedimento à junção de um casal, tentam combater esse impedimento para ficarem juntos, não conseguem, o herói romântico sai no final, como quem diz : "Se os amas, deixa-os ir.". Se o compararmos com outros filmes, como The Fault in Our Stars, não há muita diferença na linha narrativa. Nenhuma originalidade. Principalmente quando consideramos que o género do drama romântico tem, nos últimos anos, abordado a mesma temática: doentes terminais, que acaba por ser a grande diferença entre estes filmes. Neste filme, doentes com fibrose cística que, de forma a não se contaminarem com bactérias e, basicamente, acabarem por morrer mais cedo do que o previsto, têm de estar, como o nome indica, five feet apart
  Para além desta narrativa familiar e cliché, existem algumas incongruências a nível de verossimilhança. 
     A cena que mais ficou na minha memória como um problema é a cena em que as personagens principais, Will e Stella, decidem sair do hospital, em pleno inverno, com uma doença que deixa o pulmão a funcionar com metade da sua capacidade, e ir ver luzes que se encontravam a duas milhas de distância. Acabando na queda de Stella num lago e vemos um Will que é obrigado a fazer respiração boca a boca e que causa na sua eventual partida, num fim previsível, para manter a Stella segura de si próprio, pois ama-a. 
      A construção das personagens deixa, de igual forma, um pouco a desejar. Stella é apresentada como uma rapariga bastante alegre, com um canal no Youtube, pois quer ajudar outras pessoas a perceberem o que é a fibrose cística, e com um comportamento OCD que revela a sua necessidade de ter tudo sob o seu controlo, comportamento que obteve uma explicação desnecessária dentro do filme (ao aprendermos sobre a sua relação com a irmã e sobre a morte desta, percebemos o porquê desse comportamento). Com o Will observamos que a personagem é apresentada como um bad boy, mas que, na verdade, e tirando o seu disregard pela sua vida, apresentado no início, não apresenta, de facto, aitudes que foram, no ínicio, a base da sua personagem.
      No que toca à habilidade dos atores, fiquei surpreendida com a atuação de Haley Lu Richardson. Foi bastante convincente, emocional e compassional, tal como a de Moises Arias. Cole Sprouse não esteve muito aquém. Não o considero um ator fenomenal ou genial, mas não faz um mau trabalho e consegue provocar, pelo menos, o mínimo de emoção no espetador.
        Concluindo, o filme pareceu-me um aglomerado de ideias já vistas e clichés num único filme, tornando-o um tearjerker, tal como os dramas românticos almejam ser. No entanto, como foi adaptado de um livro vou comprá-lo de forma a poder comparar ambos e se a adaptação foi, de facto, bem feita.

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